Projeto


Grupo: Josie Regina kindler e Marluce Fagundes

Problematização:


O caráter disciplinar do ensino formal dificulta a aprendizagem do aluno, não estimula ao desenvolvimento da inteligência, de resolver problemas e estabelecer conexões entre os conceitos. 
Como integrar diferentes matérias e levar os alunos a compreender plenamente os conteúdos curriculares?

Certezas provisórias:

  • Tornar as disciplinas comunicativas entre si, mantendo as suas individualidades;
  • Estabelecer ligações de complementaridade, convergência, interconexões e passagens entre os conhecimentos;
  • Ações disciplinares que buscam um interesse em comum;
  • As abordagens dos conceitos relacionam-se com a realidade global dos alunos e professores, tornando-as mais atraentes;
  • O uso da informática e seus recursos como forma de proporcionar novas metodologias que despertem a atenção do educando.

Dúvidas Temporárias:

  • Como será a adaptação dos professores com essa nova proposta interdisciplinar?
  • Haverá resistência do corpo docente?
  • Qual será a reação dos alunos? Irão se adaptar?
  • Quais tipos de projetos poderiam ser elaborados em sala de aula utilizando esta proposta de aprendizagem?
  • Existem escolas que utilizam uma proposta interdisciplinar?

Um comentário:

  1. Uma característica fundamental da interdisciplinaridade é a criação ou tradução de conceitos comuns às disciplinas. Nesse trabalho, tudo depende de boas equipes. O desafio, além de conceitual, é temporal: as pessoas precisam se reunir, presencialmente ou à distância, para definir termos e diretrizes comuns. A indisponibilidade para a interdisciplinaridade pode surgir daí. Afinal, como equacionar as exigências profissionais disciplinares ou especializadas com as da construção de um universo que depende de debates sistemáticos e de acordos efêmeros? Ora, tudo leva a crer que é bem mais fácil manter-se especializado em competências e conceitos bem conhecidos, principalmente quando o dia-a-dia é exigente e quando o tempo que temos para o trabalho, amigos e família é escasso.

    Se pensarmos na experiência interdisciplinar do Mestrado em Memória Social e Bens Culturais, esse costuma ser o caso por algum tempo. Nenhum professor ou aluno costuma ingressar no Mestrado disponível para as ações interdisciplinares. Com o tempo, na medida em que os próprios processos de trabalho são interdisciplinares (ou seja, discutidos e debatidos no sentido de construir linguagens e objetos comuns), alunos e professores começam a engrenar suas ações sob uma ótica coletiva e partilhada. Desde então, a convicção sobre o uso compartilhado do tempo se impõe e mesmo as pressões de trabalho mais elementares tornam-se objeto de apropriação interdisciplinar. Nesse quadro, produção científica, de relatórios, de trabalhos de conclusão etc. passa a sufocar menos o cotidiano de alunos e professores e os próprios processos de trabalho são vistos como forma de reconhecimento e satisfação no trabalho.

    Bem entendido, isso tudo depende de princípios de boa-fé e reciprocidade. Sem confiança no projeto e nos colegas de trabalho, nenhuma prática interdisciplinar pode se desdobrar em satisfação e reconhecimento.

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